Minha intenção era escrever mais
um poema, papel e caneta em mãos sim eu sou velha e escrevo meus textos à
mão, surgem os primeiros quatro versos que provavelmente seriam descartados
depois. A temática seria a respeito das boas surpresas que tive nos últimos meses
em meio a um período que rendeu alguns poemas eufemismo para quase depressão.
“O inesperado pode ter qualquer forma,
exceto aquela que seja obvia,
O inesperado tem o poder de arrancar o chão
que estava debaixo dos nossos pés
Seja para nos fazer sentir voando ou caindo,
Mas ouvi dizer que voar é estar caindo e
errar o chão”
Dessa parte eu gostei e até
passei algum tempo rindo da referencia nerd ao livro que estou lendo,
precisei sair e decido retomar de onde parei em algum outro momento. Semana de
SBPC e o papel ficou esquecido, embora as ideias continuassem fervendo em minha
cabeça, principalmente com as suaves prestações de fofoca que chegavam até mim
a cada dia, algumas delas tinham um sabor agridoce que já me é bastante
familiar jeito poético de dizer vingança de Rita.
Acabou a SBPC, retomar o que
deixei pela metade, resumos, plano de monografia e o meu poema, acho que não
seria má ideia começar pelo poema, alguns rabiscos e percebo que meu poema está
mais para prosa que verso, nunca escrevi algo totalmente em prosa para o
blog antes, será que fica bom?
Novo papel, outra caneta, devo
ter perdido a primeira escrevo as primeiras linhas, nova pausa, novo dia. Decido
terminar o texto no computador e o texto vira um relato dos últimos fatos. A cabeça
continua fervendo ao pensar como retomar o assunto que deu origem ao texto. Penso
em como o dia deve ser puxado e que tenho 10 minutos para deixar esse rascunho
coerente, em como vou falar de ervilhas justo agora.
Sim, as ervilhas de Mendel que me
inspiraram a começar esse texto, como passei tanto tempo presa aos “Azões e
azinhos” da vida antes de perceber que o meu destino eram as puras e simples
ervilhas.
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