terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Amor Tranquilo

Estou precisando de um amor tranquilo,
Desses que não te tiram o sono,
Desses que não te arranquem o sossego,
Dos que nunca roubam a tua paz
Que não te levam ao desespero,
Que jamais te impulsionaria a uma loucura
Que não levam embora a sanidade.


Estou precisando de um amor tranquilo
Desses que te mantém consciente
Desses que te deixam estudar
Dos que te mantém a tanquilidade.


Quero um amor previsível
Onde eu possa passar horas falando sem dizer muita coisa.
Quero me reconhecer, mesmo quando ao teu lado.


Chega de amor telepático!
Chega de amor incêndio!
Chega de paixão insana!


A partir de hoje, quero um amor que mantenha meus pés no chão
Pois pode-se afundar ao caminhar nas nuvens


Quero um amor feito de mármore,
Pois o de chama não pode ser manipulado ou contido.


Quero um amor tranquilo,
Quero um amor previsível,
Quero um pseudo amor.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

(in) Certezas (in) Verdades

Esse é do dia 13/05/2008


Minhas  ridículas certezas
Levam-me apenas ao incerto
Minhas improváveis verdades
Tornam-se mentiras quando te vejo.

Pois a certeza de quem sou,
Se vai aos poucos em tua presença
A verdade é que te quero,
Mas minto, travo, não sei ao certo.

As palavras tornam-se
A cada dia, inimigas mortais
Antes, minhas cúmplices
Hoje, já não me ajudam, fogem.

Assim morro, sem verdade ou certeza
Já que meu corpo aqui fica
Sorrindo falsamente.

Enquanto a minha pobre alma
Já não vive, já não ri
Porque tu a levaste cativa.



Cris Serra


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A ninfa de marmore


Qual o sonhador que pôde um dia vislumbrar
A tão maravilhosa e espantosa cena
De ver uma pedra jorrando sangue?
Antes de tua passagem por mim,
Eu era mármore e adorava minha frieza
Era um belo personagem, inalcançável, superior.
A tua imperfeição fez nascer em mim compaixão
Amparei-te em meu colo, e ao te ninar,
Fiz-me carne, para minha própria desgraça.
Por conhecer tão bem a tua alma e saber quão miserável era,
Eu te perdoaria por qualquer barbárie que cometesse
Por isso, exigi de ti apenas sinceridade, o resto não importava.
Me destes sentimentos sublimes, fez-me conhecer o altruísmo,
De tal forma que ofertaria minha própria vida pela tua felicidade
Em nome da gratidão que sentia por quem tinhas me tornado.
Mas em um amanhecer qualquer, ao tocar meu peito,
Sentiu batidas, minha alma havia sido aquecida de tal forma,
Que agora todo meu corpo ardia como brasa.
Nesse vil momento, sacando um punhal afiado,
Arrancou com tuas próprias mãos o coração que me dera
E como um troféu, pendurasse em cima da tua lareira.
Não pude voltar a minha forma original,
Os sentimentos humanos haviam se perpetuado,
Mas agora sem coração, não poderia amar novamente.
E foi assim que me tornei esse monstro sedento de sangue,
Essa fera que te espreita aguardando atenta
A oportunidade de dar tua carne aos corvos e pendurar tua cabeça em um parede.
Mostraste-me o melhor e o pior de mim,
E acredite, sou mais cruel do que podes imaginar,
Ate breve, no nosso acerto de contas.