quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Lixo verbal


De repente ela não sabia o que escrever,
De repente tudo era um lixo,
De repente aquele prazer de transcrever suas angustias em versos tinha acabado.
Faltava inspiração, faltava sofrimento, faltava amor.
Faltava ódio, faltava mágoa, faltava paixão.

Não foram apenas sonhos que se perderam naquela noite de maio.
Por que criar um soneto quando se pode “tuitar” seu estado de espirito?
Por que elaborar um texto quando se podia jogar uma indireta no facebook?
De repente ela não sabia o que escrever
De repente isso tinha se tornado ainda mais desnecessário.

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