segunda-feira, 30 de julho de 2012

Surpresas, prosa e ervilhas




Minha intenção era escrever mais um poema, papel e caneta em mãos sim eu sou velha e escrevo meus textos à mão, surgem os primeiros quatro versos que provavelmente seriam descartados depois. A temática seria a respeito das boas surpresas que tive nos últimos meses em meio a um período que rendeu alguns poemas eufemismo para quase depressão.

“O inesperado pode ter qualquer forma, exceto aquela que seja obvia,
O inesperado tem o poder de arrancar o chão que estava debaixo dos nossos pés
Seja para nos fazer sentir voando ou caindo,
Mas ouvi dizer que voar é estar caindo e errar o chão”

Dessa parte eu gostei e até passei algum tempo rindo da referencia nerd ao livro que estou lendo, precisei sair e decido retomar de onde parei em algum outro momento. Semana de SBPC e o papel ficou esquecido, embora as ideias continuassem fervendo em minha cabeça, principalmente com as suaves prestações de fofoca que chegavam até mim a cada dia, algumas delas tinham um sabor agridoce que já me é bastante familiar jeito poético de dizer vingança de Rita.

Acabou a SBPC, retomar o que deixei pela metade, resumos, plano de monografia e o meu poema, acho que não seria má ideia começar pelo poema, alguns rabiscos e percebo que meu poema está mais para prosa que verso, nunca escrevi algo totalmente em prosa para o blog antes, será que fica bom?

Novo papel, outra caneta, devo ter perdido a primeira escrevo as primeiras linhas, nova pausa, novo dia. Decido terminar o texto no computador e o texto vira um relato dos últimos fatos. A cabeça continua fervendo ao pensar como retomar o assunto que deu origem ao texto. Penso em como o dia deve ser puxado e que tenho 10 minutos para deixar esse rascunho coerente, em como vou falar de ervilhas justo agora.

Sim, as ervilhas de Mendel que me inspiraram a começar esse texto, como passei tanto tempo presa aos “Azões e azinhos” da vida antes de perceber que o meu destino eram as puras e simples ervilhas.