domingo, 12 de junho de 2011

12/06/2011


Pensei que esse ano acabaria a tradição
De ver sentimentos despedaçados nesse dia.

Mas não seria a mesma coisa
Se você não reaparecesse depois de tantos anos
Só para lembrar de como parti teu coração
O quanto meu amou, e que acabou de vez.

E me lembrar da minha escolha,
De nunca criar raízes,
De sempre achar uma desculpa para partir.

A minha escolha de ter muitas lembranças,
Mas nunca me perder na embriaguez da paixão.

De continuar sendo uma chama,
Que sempre se esvai por qualquer brecha.

Ou de ser uma ventania
Que consegue escapar por entre os dedos.

Nasci para ser o maior amor da vida de vários alguéns
Mas não para ser o ultimo de nenhum deles.

O que posso fazer?
Sou passional demais para me arrepender das minhas decisões
Mas racional o suficiente para questionar
Onde essas mesmas escolhas estão me levando.