sábado, 29 de dezembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
Rubros
Rubros são teus lábios, inalcançáveis também
Chamas vivas eles são, honra a quem tocá-los
Ando a procura desse titulo
Rubros são teus lábios, desejo meu e de mais alguém
Sonho com eles sempre, olho-os e desejo tê-los
Não posso, você já os deu a alguém
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Surpresas, prosa e ervilhas
Minha intenção era escrever mais
um poema, papel e caneta em mãos sim eu sou velha e escrevo meus textos à
mão, surgem os primeiros quatro versos que provavelmente seriam descartados
depois. A temática seria a respeito das boas surpresas que tive nos últimos meses
em meio a um período que rendeu alguns poemas eufemismo para quase depressão.
“O inesperado pode ter qualquer forma,
exceto aquela que seja obvia,
O inesperado tem o poder de arrancar o chão
que estava debaixo dos nossos pés
Seja para nos fazer sentir voando ou caindo,
Mas ouvi dizer que voar é estar caindo e
errar o chão”
Dessa parte eu gostei e até
passei algum tempo rindo da referencia nerd ao livro que estou lendo,
precisei sair e decido retomar de onde parei em algum outro momento. Semana de
SBPC e o papel ficou esquecido, embora as ideias continuassem fervendo em minha
cabeça, principalmente com as suaves prestações de fofoca que chegavam até mim
a cada dia, algumas delas tinham um sabor agridoce que já me é bastante
familiar jeito poético de dizer vingança de Rita.
Acabou a SBPC, retomar o que
deixei pela metade, resumos, plano de monografia e o meu poema, acho que não
seria má ideia começar pelo poema, alguns rabiscos e percebo que meu poema está
mais para prosa que verso, nunca escrevi algo totalmente em prosa para o
blog antes, será que fica bom?
Novo papel, outra caneta, devo
ter perdido a primeira escrevo as primeiras linhas, nova pausa, novo dia. Decido
terminar o texto no computador e o texto vira um relato dos últimos fatos. A cabeça
continua fervendo ao pensar como retomar o assunto que deu origem ao texto. Penso
em como o dia deve ser puxado e que tenho 10 minutos para deixar esse rascunho
coerente, em como vou falar de ervilhas justo agora.
Sim, as ervilhas de Mendel que me
inspiraram a começar esse texto, como passei tanto tempo presa aos “Azões e
azinhos” da vida antes de perceber que o meu destino eram as puras e simples
ervilhas.
domingo, 10 de junho de 2012
Romantismo dadaísta
De repente minha arte era apenas algumas palavras tristes
De repente não fazia nenhum sentido transformar meus sentimentos em versos
Ninguém quer ler coisas tristes
Todos querem piadas, memes, fotos de crianças deformadas e animais deformados que ao serem compartilhadas geram doações de alguns centavos.
Que aprendeu oratória na igreja,
Que discursava com graça diante dos adultos de igual pra igual?
Tão cheia de ideologias revolucionárias,
Ouvi dizer que perdeu toda a graça após o advento das espinhas.
Parece que se tornou uma adulta invisível que corriqueiramente transforma sua tristeza em poemas
Poemas sobre problemas corriqueiros, cheios de um drama digno do século XIX
Que trouxeram à tona aquela criança falante por alguns momentos.
Angustias não vendem bem, especialmente em textos raquíticos e sem rimas
Não se precisa de alma, se precisa de boa estética e massagens ao ego.
domingo, 15 de abril de 2012
Invisível
Essas paredes não parecem mais um lar,
Essas pessoas não parecem mais uma família,
Esses móveis não parecem mais aconchegantes,
E você, bem você não se parece com quem conheci um dia.
Talvez não tenham sido as paredes,
Talvez não tenha sido a família,
Talvez não tenham sido os móveis que perderam o aconchego,
Odeio ter que admitir, mas talvez não tenha sido você quem mudou.
Essas paredes deixaram de ser o meu lar,
Essas pessoas deixaram de ser minha família,
Esses móveis não estão mais na posição que eu costumava deixar,
E você se mudou para um porão no meu subconsciente.
O que restou foi esse sentimento de estranheza
Onde não reconheço mais as emoções que senti à flor da pele,
O que restou foi essa mágoa por ter crescido contra a minha vontade,
O que restou foi a saudade de ter alguém que cuidasse de mim.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Coisas Antigas
Portas antigas que ao serem abertas levam a lugares esquecidos
Trilhas abandonadas, trajetórias refeitas,
Um futuro que não aconteceu.
Janelas antigas que apontam paisagens nostálgicas
Visões distorcidas, imagens embaçadas,
Sonhos que se desencontraram da realidade.
Gavetas antigas que guardam o que não é mais
Fotos, roupas, sapatos, lembranças,
Atitudes e pensamentos que já não servem mais.
sábado, 10 de março de 2012
Apenas sei
Não serei tola de dizer que não te quero em minha cama,
Não serei boba de dizer que você é o único que quero por lá,
Não vou dizer que todos esses anos foram fruto da minha imaginação.
Serei forte e não te aceitarei de volta,
Serei firme e não repetirei os mesmos erros,
Te darei apenas bons conselhos para que vá em paz.
Ninguém acredita nisso, talvez nem eu mesma,
Mas eu sei que é exatamente isso o que vai acontecer,
Assim como eu sabia que nossos caminhos se cruzariam mais uma vez.
Não serei boba de dizer que você é o único que quero por lá,
Não vou dizer que todos esses anos foram fruto da minha imaginação.
Serei forte e não te aceitarei de volta,
Serei firme e não repetirei os mesmos erros,
Te darei apenas bons conselhos para que vá em paz.
Ninguém acredita nisso, talvez nem eu mesma,
Mas eu sei que é exatamente isso o que vai acontecer,
Assim como eu sabia que nossos caminhos se cruzariam mais uma vez.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Ela preferiu o lado sombrio
Ela nunca quis ser a princesa no alto da torre
Ela queria apenas fugir daquele conto de fadas enfadonho,
Viver suas próprias escolhas, errar se preciso.
E assim ela assumiu as rédeas do seu destino e viveu feliz por um tempo
Mas não podia ser pra sempre, ela perdera esse direito.
Ela aceitou as condições estabelecidas para a sua liberdade e seguiu sua jornada
Mas um dia ela soube que sua cabeça estava a premio
Ela descobriu que por rejeitar o patético final feliz decretado, tornara-se a bruxa verruguenta,
Aquela de quem todos preferiam manter distancia
Ela queria apenas fugir daquele conto de fadas enfadonho,
Viver suas próprias escolhas, errar se preciso.
E assim ela assumiu as rédeas do seu destino e viveu feliz por um tempo
Mas não podia ser pra sempre, ela perdera esse direito.
Ela aceitou as condições estabelecidas para a sua liberdade e seguiu sua jornada
Mas um dia ela soube que sua cabeça estava a premio
Ela descobriu que por rejeitar o patético final feliz decretado, tornara-se a bruxa verruguenta,
Aquela de quem todos preferiam manter distancia
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Lixo verbal
De repente ela não sabia o que escrever,
De repente tudo era um lixo,
De repente aquele prazer de transcrever suas angustias em versos tinha acabado.
Faltava inspiração, faltava sofrimento, faltava amor.
Faltava ódio, faltava mágoa, faltava paixão.
Não foram apenas sonhos que se perderam naquela noite de maio.
Por que criar um soneto quando se pode “tuitar” seu estado de espirito?
Por que elaborar um texto quando se podia jogar uma indireta no facebook?
De repente ela não sabia o que escrever
De repente isso tinha se tornado ainda mais desnecessário.